Quem já ouviu ou mesmo já teve que se desculpar usando estas palavras? Por vezes, geramos conflitos, ferimos pessoas e destruímos relações porque agimos de forma impulsiva e descontrolada. Movidos pela #raiva perdemos o domínio e minutos, horas ou dias depois nos arrependemos. No entanto, o estrago já foi feito. Por que Agimos sem pensar? Afinal, qual é a origem destas reações destrutivas? A filosofia budista nos ensina que o Karma, ou seja, o efeito de nossas ações do passado, pode ser considerado um dos principais combustíveis destas reações destrutivas, pois ele, geralmente manifesta-se em nosso fluxo mental através de impulsos emocionais fazendo surgir o fruto de nossas ações que, quando negativas, expressa-se na forma de obstrução mental, esta incapacidade de fazer o que é correto assemelhasse a uma névoa diante nossos olhos deixando-nos cegos e na maior parte dos casos, acabamos ferindo alguém e consequentemente nos ferindo também. No Budismo estes obstáculos são conhecidos como “Kleshas” ou “Venenos mentais”. Chamamos de venenos porque o sofrimento é inevitável quando estamos sob efeito destes impulsos. Existem três principais venenos: a #raiva, a #ignorância e a #ganância. Entre eles, o mais destrutivo é a raiva. Os ensinamentos budistas nos dizem que “persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão em brasa com a intenção de atirá-lo em alguém, é sempre quem levanta a pedra que se queima”. Ao lidarmos com a raiva, poderíamos dizer que o melhor antídoto seria desenvolver a paciência, no entanto, se estamos em meio a uma crise de raiva, é sinal de que a paciência já se esgotou. Porque nossa paciência se esvai tão rapidamente? Temos pouca paciência porque não treinamos nossa mente para observar a verdadeira natureza dos fenômenos livre de obstruções e condicionamentos. Nosso hábito reativo e impulsivo joga contra o cultivo da paciência. Em uma discussão, ao invés de automaticamente replicarmos as palavras duras e agressivas do outro, podemos parar e observar a natureza livre e vazia de nossa mente. Dessa forma, naturalmente iremos perceber que tudo surge e termina como um sonho, um ótimo antídoto para combater a raiva e atingir este grau de realização é meditarmos sobre as impermanências dos fenômenos. Tudo está em constante transformação e todos os seres estão, em última análise, se deteriorando e caminhando para a morte. Apesar de ser uma análise aparentemente sombria, não deixa de ser verdadeira. Então, se ao invés de cultivarmos raiva, mágoa ou aversão por alguém, cultivarmos o olhar da impermanência, iremos perceber que muitas pessoas que nos feriram já não são as mesmas e talvez até brote um pouco de compaixão. Antes de iniciar uma discussão, conseguiremos muitas vezes recuar, evitando mais ações negativas. Entender que as pessoas que nos magoaram, agiram apenas em resposta a nossa predisposição kármica é o primeiro passo para desenvolvermos paciência e maturidade espiritual. Ao perceber que somos seres em constante aprendizado e evolução, o mestre Buda nos deixou preciosos ensinamentos no intuito de superarmos não apenas a raiva, mas também a ganância e a ignorância, deixou também um caminho para atingirmos um estado de liberdade plena. Convido você a acompanhar estes ensinamentos nas próximas publicações, com mãos em prece, “Tashi delek”.
Texto: Lucas Pereira
Revisão final: Luciana Búrigo e Eneida Búrigo.
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